Práticas docentes interculturais e lutas antirracistas são debatidas por estudantes universitários indígenas e quilombolas


Por em 13 de setembro de 2023



Evento acadêmico do PRPETNOS/UEMA e grupo de pesquisa LIDA/UEMA reuniu cursistas das turmas de licenciaturas interculturais indígenas e quilombolas dos campi Barra do Corda, Grajaú, São Bento, Santa Inês e demais alunos de São Luís

Nos dias 31 de agosto e 1º. e 2 de setembro o Proetnos e o Grupo de Pesquisa e Extensão Lida realizaram o II Encontro Acadêmico, Político e Cultural e o IX Encontro em Lutas Sociais, Igualdade e Diversidades. O evento conjunto trouxe como tema central “Práticas Docentes Interculturais e Lutas Antirracistas: por uma educação outra” e contou com a presença de alunos dos cursos de Licenciatura Intercultural Indígena em Ciências da Natureza (Santa Inês), LIEBI em Ciências Humanas (Barra do Corda), LIEBI em Ciências da Linguagem (Grajaú) e Licenciatura Intercultural em Educação Quilombola (São Bento).

   

O evento conjunto promoveu a visita cultural ao segundo teatro mais antigo do Brasil como programação de abertura Mais de 100 acadêmicos indígenas e quilombolas experenciaram, pela primeira vez, a beleza de um dos tesouros do patrimônio imaterial de São Luís, o Teatro Arthur Azevedo. Os cursistas foram direcionados e recebidos pela coordenação do Proetnos/Uema e integrantes do Lida/Uema e tiveram a companhia ilustre do palestrante de abertura do evento Gersem Baniwa.

Na manhã do dia seguinte, 1º de setembro, a solenidade de abertura do evento teve uma mesa composta pelo reitor da Uema Prof. Walter Canalles, pelo Secretário Adjunto de Educação do Estado Anderson Lindoso, pelo Secretário de Estado da Igualdade Racial Gerson Pinheiro e lideranças do movimento indígena e quilombola do Maranhão, como Manoel do Charco, que representou o Movimento Social Quilombola do Maranhão (Moquibom) e Rosilene Guajajara, liderança indígena, também Secretária Adjunta dos Direitos dos Povos Indígenas do Maranhão.

A palestra de abertura foi ministrada pelo professor doutor e ativista dos direitos dos povos indígenas Gersem Baniwa, primeiro professor indígena do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília, doutor em Antropologia da Educação pela UnB e mediada pela professora doutora Marivania Furtado, antropóloga e coordenadora geral do Proetnos.

Os Círculos de Aprendizados marcaram o início da tarde deste mesmo dia com oficinas de cartonagem e contação de história, dentre outros.

 

As apresentações de trabalhos acadêmicos e relatos de vivências compuseram os Círculos de Aprendizados no final da tarde desse mesmo dia, com saberes e histórias de vida que deram a tônica de uma experiência de troca de saberes interculturais.

No dia 2 de setembro o dia começou com as mesas redondas que trataram das temáticas “Religião, Identidade e Educação Intercultural” e “Trilhas para o TCC”.

A “Articulação Política” entre os acadêmicos do PROETNOS e lideranças quilombolas e indígenas convidadas foi fundamental para o alinhamento entre os cursistas e as pautas políticas dos movimentos indígenas e quilombolas do Maranhão.  A “Reflexividade em LIDA” entre os integrantes do grupo de estudos LIDA/UEMA trouxe um debate sobre a trajetória de mais de 10 anos do grupo de pesquisa frente aos desafios acadêmicos e político-sociais que envolvem a questão indígena e quilombola no Estado. Ambas atividades compuseram a programação do 3 º e último dia do II EAPOC e IV ENLIDA.

A palestra de encerramento trouxe o tema “Como ser um(a) Educador(a) Antirracista?” e foi ministrada pela professora doutora Iraneide Soares e coordenada pela professora doutora Tatiana Reis, vice coordenadora geral do PROETNOS e também coordenadora da Licenciatura Intercultural em Educação Quilombola.

O encerramento do II Encontro Acadêmico, Político e Cultural do PROETNOS e IX Encontro em Lutas Sociais, Igualdade e Diversidades foi marcado por uma solenidade com a prestigiosa presença do Reitor da UEMA, professor Walter Canalles, e uma noite intercultural com apresentações das distintas manifestações artísticas quilombolas e indígenas dos acadêmicos do Proetnos/Uema.

 



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