Proetnos/Uema celebra o Dia dos Povos Indígenas: por uma educação intercultural, valorização dos saberes ancestrais e pelo respeito à diversidade


Por em 19 de abril de 2024



Criado em 2016, o Programa de Formação Docente para a Diversidade Étnica no Maranhão (PROETNOS) tem como objetivo formar, por meio de licenciaturas específicas, professores oriundos de diferentes comunidades tradicionais, como indígenas, quilombolas, quebradeiras de coco, ribeirinhos, entre outros localizados no estado do Maranhão, de modo a possibilitar que assumam os processos de escolarização em suas comunidades. Atualmente, o programa oferta a Licenciatura Intercultural para a Educação Básica Indígena (LIEBI) nos municípios de Barra do Corda, Grajaú e Santa Inês; e a Licenciatura em Educação Quilombola (LIEQ) nos municípios de Itapecuru-Mirim e São Bento.

Distribuição espacial do Proetnos/Uema

Fonte: Setor de Comunicação do Proetnos/Uema

O programa ancora-se na perspectiva de escolarização de grupos tradicionais dentro de suas próprias comunidades, de modo que seus conhecimentos e saberes tradicionais sejam preservados. Nesta semana, comemora-se o Dia dos Povos Indígenas, 19 de abril, momento de oportuna reflexão sobre a importância de práticas engajadas na construção de uma sociedade intercultural. O Proetnos/Uema reforça seu compromisso com a promoção e valorização dos saberes indígenas, apoiando suas lutas por terra, autonomia e dignidade.

Atualmente, o Proetnos/Uema forma e habilita um total de 88 cursistas da Licenciatura Intercultural para a Educação Básica Indígena (LIEBI), segmentados nas seguintes áreas do conhecimento: 30 cursistas em Ciências Humanas no campus de Barra do Corda; 29 cursistas em Ciências da Linguagem no campus de Grajaú; e 29 cursistas em Ciências da Natureza no campus de Santa Inês. 

Cursistas da LIEBI Campus Barra do Corda

Fonte: Acervo Proetnos/Uema

 

Cursistas da LIEBI Campus Grajaú

Fonte: Acervo Proetnos/Uema

Cursistas da LIEBI Campus Santa Inês

Fonte: Acervo Proetnos/Uema

O cursista Francisco Bento Guajajara, do curso Ciências da Linguagem da LIEBI Campus Grajaú, aponta que essa data “é um momento que marca a luta do nosso… de nós povos indígenas desde os tempos da colonização até os dias atuais, que apesar de ser um momento de celebração, é também um momento de reivindicação de território e de direito de viver”. Por sua vez, Gerlan Viana Guajajara, acadêmico do curso Ciências da Natureza da LIEBI Campus Santa Inês destaca que o Proetnos/Uema vem “[…] abrindo portas para universitários indígenas e quilombolas, que vem fortalecendo a nossa luta e que vem formando professores aqui na universidade para que nós possamos dar nosso retorno para nossa comunidade e fortalecer a nossa luta com conhecimentos acadêmicos”.

Como parte das atividades da Semana dos Povos Indígenas, duas acadêmicas do curso Ciências Humanas da LIEBI Campus Barra do Corda ministraram palestras em escolas de educação básica. Na última quarta-feira, 17 de abril, Gabriela Rosa Felix Guajajara esteve na Escola Municipal Raimundo Joaquim da Cunha, na localidade Cigana, município de Tuntum, realizando uma comunicação sobre a importância do respeito à diversidade indígena e a luta por direitos.

Registros da palestra realizada por Gabriela Rosa Felix Guajajara

Fonte: Enviada pela cursista via rede social

Por sua vez, na quinta-feira, 18 de abril, a cursista Laiane Guajajara conduziu outro momento de reflexão sobre o Dia dos Povos Indígenas  junto a estudantes do Centro de Ensino Pio XI. Nesta ocasião, ela procurou promover um debate sobre os preconceitos e estereótipos que ainda envolvem as representações das populações indígenas; a importância da língua materna, entre outras questões.

Registro da palestra realizada por Laiane Guajajara

Fonte: Enviada pela cursista via rede social

Por Leandro Chaves

Assessor de Comunicação do Proetnos/Uema



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