Estudantes da LIEQ/Itapecuru-Mirim desenvolvem projeto sobre Direitos Quilombolas em escola do Quilombo Tingidor
Por ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO PROETNOS em 6 de December de 2024
No último dia 03 de dezembro, como parte das atividades da disciplina Prática Curricular na Dimensão Educacional, ministrada pelo professor Edson Dias no semestre 2024.2, estudantes da Licenciatura em Educação Quilombola (LIEQ) realizaram culminância de projeto sobre Direitos Quilombolas em escola municipal situada no povoado Tingidor, em Itapecuru-Mirim.
Fonte: Registro socializado pelas estudantes
Com o projeto intitulado “Direitos Quilombolas” – Constituição Federal de 1988, Convenção 169 (OIT) e Diretrizes Curriculares Quilombolas, as estudantes Daniele dos Santos, Maria Aparecida, Maria da Solidade e Maria Juliana problematizaram, junto a alunos do nono ano da U.E.B, Antonio Paulo de Carvalho, as negligências do poder público no que compete à implementação de ações para a garantia dos direitos quilombolas, apresentando-lhes documentos normativos que resguardam o acesso a territórios e políticas públicas. No ambiente escolar, esta questão pôde ser exemplificada a partir de aspectos como merenda e transporte de qualidade, aspectos incorporados à discussão como forma de aproximar o tema do público-alvo.
Fonte: Registro socializado pelas estudantes
A culminância do projeto, ocorrida nesta semana, foi antecedida por momentos de sensibilização da equipe escolar quanto à aplicação do projeto, realização de rodas de conversa e palestras com os convidados: Sr. Ezequias, ancião do quilombo Tingidor que comentou acerca da historicidade de ocupação do território; e Balbino Dutra, ex-presidente da associação de moradores do quilombo, que discutiu, junto aos alunos, sobre o processo de titulação do território pela Fundação Palmares; Execução de oficinas para a confecção de bonecas Abayomi e máscaras africanas em alusão aos reis e rainhas do continente africano.
Fonte: Registro socializado pelas estudantes
Dessa forma, a última terça-feira foi dedicada à exposição dos materiais, palestras com representantes do quilombo e de comunidades vizinhas, como Olho d’água e Curupati, além de apresentação cultural do Tambor de Crioula Raimunda Miliana do Quilombo Estopa. Em depoimento, Maria Aparecida fez alusão ao pensamento do filósofo Nego Bispo: “Nós somos o começo, o meio e o começo. Nossas trajetórias nos movem, nossa ancestralidade nos guia”, como forma de ressaltar a importância do retorno aos conhecimentos de outras gerações para uma educação que valorize a diversidade. Por sua vez, Maria da Solidade Dutra assinalou que tudo começa com a ideia de pertencimento: ela é o vetor para o reconhecimento das identidades quilombolas e a posterior luta por direitos.
Por: Assessoria de Comunicação PROETNOS/UEMA